Home / Mercado / Mercado de energia por assinatura do CE – Sayde Bayde

Mercado de energia por assinatura do CE – Sayde Bayde

Mercado de energia por assinatura no Ceará se une e mira novos flancos de crescimento

Empresários do setor de energia por assinatura no Ceará se reuniram em 25 de novembro, em um encontro promovido pelo Sindienergia-CE na sede da FIEC. O objetivo foi debater estratégias, alinhar expectativas e buscar soluções para os principais desafios enfrentados por esse mercado em expansão.

Crescimento das usinas e dificuldade em captar clientes

Os investidores, responsáveis por dezenas de usinas solares distribuídas pelo Estado, destacaram que a capacidade instalada de geração distribuída tem avançado rapidamente. Porém, o ritmo de aquisição de novos clientes não acompanha esse crescimento.

Essa diferença entre oferta e demanda vem estimulando uma forte disputa por preços entre as empresas, reduzindo margens e dificultando a sustentabilidade do negócio. A entrada de novos competidores, incluindo grandes grupos nacionais, intensificou ainda mais esse cenário.

Um dos participantes do encontro resumiu a situação afirmando que, enquanto as usinas seguem prontas e operando, captar consumidores a preços viáveis se tornou o principal obstáculo.

Novo foco: setor público como oportunidade

Para expandir a base de clientes, os empresários discutiram a possibilidade de formar consórcios para atender prédios da administração pública municipal e estadual. Essa frente, considerada ainda pouco explorada, pode abrir espaço para contratos mais estáveis e volumosos.

A proposta será conduzida pelo Sindienergia-CE e tem potencial para reduzir custos de energia no setor público, ao mesmo tempo em que impulsiona o uso de fontes renováveis.

Insegurança regulatória ainda preocupa

Entre os pontos de maior preocupação do setor está a instabilidade regulatória. Segundo os empresários, mudanças frequentes nas regras de geração distribuída criam insegurança jurídica e dificultam a tomada de decisões de médio e longo prazo.

Empresários afirmam que o Brasil ainda carece de um arcabouço regulatório adequado à transição energética, o que torna o ambiente de negócios mais complexo e imprevisível.

“Nossas usinas ficaram prontas todas de uma vez, então agora o desafio é trazer os clientes, praticando um preço que fique bom para todos os lados”, destacou o empresário Sayde Bayde.

Por que o mercado segue promissor

O modelo de energia por assinatura tem se consolidado como alternativa atrativa por permitir ao consumidor, residencial ou corporativo, contratar energia solar sem necessidade de instalar equipamentos próprios. O crescimento do mercado livre de energia e a migração de consumidores para contratos mais flexíveis também ampliam as perspectivas do setor.

No Ceará, especialmente, esse movimento tem ganhado força, inclusive com órgãos públicos estudando formatos mais econômicos e sustentáveis de contratação energética. Com isso, o segmento de energia por assinatura segue sendo visto como uma oportunidade estratégica tanto para empresas quanto para o Estado.

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *